Staphylococcus aureus

Staphylococcus aureus

Esta espécie apresenta células de forma esférica, de 0,5 a 1,5 micrómetros de diâmetro, formando arranjos irregulares, imóveis, não esporulados, e é anaeróbia facultativa. A sua presença nos alimentos pode provir dos próprios manipuladores de alimentos portadores de infecções piogénicas ou de portadores sãos que alojam estas bactérias no nariz, na garganta ou à superfície das mãos. Os alimentos mais susceptíveis à produção da toxina estafilocócica são os cremes deficientemente armazenados e refrigerados, carnes preparadas, sanduíches e mesmo leite, se incorrectamente refrigerado.

Sintomas

Os principais sintomas caracterizam-se pelo aparecimento de náuseas, vómitos, dores abdominais e diarreia. Aparecem entre 2 a 6 horas após a ingestão do alimento contaminado.

Sobre esta bactéria

Encontra-se normalmente no tracto respiratório humano e na pele. Não é sempre patogénica, mas quando é, pode provocar infecções na pele, problemas respiratórios e intoxicação alimentar.

Algumas estirpes patogénicas desta bactérias são capazes de resistir aos antibióticos.  A crescente resistência destas estirpes aos antibióticos é uma grande problema nas clínicas mundialmente.

É estimado que 20% da população mundial sejam portadores deste ser, que pode ser encontrado na pele e no interior das narinas. Estes agentes patogénicos podem causar uma grande variedade de doenças, desde pequenas infecções da pele a pneumonias e meningites. É das maiores causas de infecções apanhadas em hospitais e a principal causa de infecções pós-operatórias. Estas bactérias podem  ter relações bióticas de comensalismo com o seu hospedeiro, em vez de causarem infecções.

Estes organismos podem passar de hospedeiro a hospedeiro através de pus infectado, contacto pele a pele e contacto com objectos utilizados por uma pessoa infectada ( ex: toalhas, lenços, etc). Por sua vez, esta bactéria também pode servir de hospedeira a bacteriófagos (vírus que infectam e se reproduzem dentro da bactéria hospedeira), o que aumenta a sua virulência.

Este ser é uma das causas principais de  mastite ( inflamação da glândula mamária) nas vacas, a sua grande cápsula polissacarídica faz com que o sistema imunitário da vaca não reconheça o agente patogénico.

Produz várias enzimas como a coagulase que coagula o plasma e cobre a bactéria o que impedirá a sua fagocitose pelas células do hospedeiro. O antibiótico mais usado contra estes seres é a penicilina. Um facto curioso é que na caixa de petri na qual Alexander Flemming observou a actividade antibacteriana do fungo da penincilina, estava uma cultura destas bactérias. A sua resistência à penincilina é mediada por uma enzima, a penincilase,  que corta uma das moléculas da penincilina,  e ganha assim o seu poder de resistência aos antibióticos.

As narinas hospedam a bactéria devido a uma combinação de um sistema imunitário enfraquecido e a habilidade da bactéria de escapar à imunidade inata (mecanismos de defesa que agem de igual maneira para os diferentes tipos de agente patogénicos, estes mecanismos de defesa são não específicos).

A transmissão desta bactéria costuma ser de humano para humano, mas também pode ser de animal de estimação para humano.